País
"Odor fétido". Ambientalistas pedem solução para poluição no Alviela
Várias associações ambientais apelam ao Governo para que resolva a contaminação do Rio Alviela, no distrito de Santarém.
Um novo episódio de poluição do Rio Alviela está na origem de uma posição conjunta do GEOTA (Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente) a CLAPA (Comissão de Luta Anti-Poluição do Alviela), o proTEJO - Movimento pelo Tejo, a ZERO, a Quercus, entre outras associações.
“Espuma abundante e odor fétido”. É assim que a coordenadora do programa Rios Livres do GEOTA, Ana Catarina Miranda, descreve o estado do Alviela, denunciado dois episódios de poluição no rio, no espaço de uma semana.A causa do mais recente episódio, ocorrido na terça-feira, será a “pouca capacidade de processamento da ETAR de Alcanena após períodos de grande precipitação”.
As associações consideram que a poluição crónica do rio, apelidada de “problema com meio século de existência”, revela uma “incompatibilidade entre o investimento em atividades de restauro ecológico e os episódios de poluição recorrentes no Rio Alviela, com consequências graves aos níveis ecológico, social e económico”.
Desde 2022 que a GEOTA está a coordenar trabalhos de restauro do rio, tendo sido premiada em 2024 com o Prémio Internacional Dam Removal Europe 2023, após a remoção de um açude obsoleto. No entanto, Ana Catarina Miranda lamenta que “os episódios de poluição recorrentes” tornam “desajustado o trabalho que fazemos no GEOTA”.As preocupações são partilhadas pela presidente da histórica CLAPA, Penélope de Melo, que considera “inaceitável, após meio século de luta, que as descargas no rio Alviela persistam sem haver por parte da administração central resposta eficaz, preventiva e estrutural”.
As subscritoras do apelo pedem ao Governo um compromisso de salvaguarda do rio e a implementação de “soluções estruturais”, como a “monitorização contínua da qualidade da água, garantindo o acesso público imediato à informação, e a criação de sistemas efetivos de participação pública” dos cidadãos e das organizações ambientais.
A poluição do Alviela tem sido denunciada desde meados do século XX, tendo como causa apontada a indústria de curtumes de Alcanena e a descarga dos seus resíduos no afluente. As substâncias tóxicas descarregadas no rio incluem crómio, um metal pesado usado no curtimento de couro e cuja exposição prolongada pode provocar o desenvolvimento de células cancerígenas.
O Alviela atravessa grande parte do concelho de Santarém, como Pernes ou Vaqueiros, onde se encontram explorações suinícolas.
A constante poluição do rio é denunciada pelos autarcas e pela população banhada pelo Alviela, que apontas como problemas a falta de fiscalização e a ineficiência do funcionamento da ETAR, que entrou em funcionamento em 1986.
“Espuma abundante e odor fétido”. É assim que a coordenadora do programa Rios Livres do GEOTA, Ana Catarina Miranda, descreve o estado do Alviela, denunciado dois episódios de poluição no rio, no espaço de uma semana.A causa do mais recente episódio, ocorrido na terça-feira, será a “pouca capacidade de processamento da ETAR de Alcanena após períodos de grande precipitação”.
As associações consideram que a poluição crónica do rio, apelidada de “problema com meio século de existência”, revela uma “incompatibilidade entre o investimento em atividades de restauro ecológico e os episódios de poluição recorrentes no Rio Alviela, com consequências graves aos níveis ecológico, social e económico”.
Desde 2022 que a GEOTA está a coordenar trabalhos de restauro do rio, tendo sido premiada em 2024 com o Prémio Internacional Dam Removal Europe 2023, após a remoção de um açude obsoleto. No entanto, Ana Catarina Miranda lamenta que “os episódios de poluição recorrentes” tornam “desajustado o trabalho que fazemos no GEOTA”.As preocupações são partilhadas pela presidente da histórica CLAPA, Penélope de Melo, que considera “inaceitável, após meio século de luta, que as descargas no rio Alviela persistam sem haver por parte da administração central resposta eficaz, preventiva e estrutural”.
As subscritoras do apelo pedem ao Governo um compromisso de salvaguarda do rio e a implementação de “soluções estruturais”, como a “monitorização contínua da qualidade da água, garantindo o acesso público imediato à informação, e a criação de sistemas efetivos de participação pública” dos cidadãos e das organizações ambientais.
A poluição do Alviela tem sido denunciada desde meados do século XX, tendo como causa apontada a indústria de curtumes de Alcanena e a descarga dos seus resíduos no afluente. As substâncias tóxicas descarregadas no rio incluem crómio, um metal pesado usado no curtimento de couro e cuja exposição prolongada pode provocar o desenvolvimento de células cancerígenas.
O Alviela atravessa grande parte do concelho de Santarém, como Pernes ou Vaqueiros, onde se encontram explorações suinícolas.
A constante poluição do rio é denunciada pelos autarcas e pela população banhada pelo Alviela, que apontas como problemas a falta de fiscalização e a ineficiência do funcionamento da ETAR, que entrou em funcionamento em 1986.